13/11/2007 12:17:57 - Redação Gazeta Rádios e Internet
EDUARDO SANTOS
Um protesto pacífico, que contou com a presença do presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Isaías Santana, e outros representantes de entidades sindicais, foi realizado por alunos da Ufes, na manhã desta terça-feira. Por precaução, o prédio da reitoria foi tomado por seguranças da universidade. Desta vez, ao contrário da manifestação do dia 25 de outubro, não houve confronto, confusão ou quebra-quebra.
Os alunos se concentraram na entrada da reitoria e utilizaram um carro de som para criticar a repressão e o que eles chamam de intimidação, se referindo ás intimações que receberam para depor na Polícia Federal, sobre o tumulto ocorrido em outubro.
De acordo com Camila Valadão, Diretora de Políticas Educacionais do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufes, as intimações não vão intimidar os alunos que se posicionaram contrários à implantação do Reuni - Programa de Reforma Universitária - proposto pelo Governo Federal.
"Estamos contra o Reuni que a universidade vem tentando aprovar de forma autoritária através do conselho universitários e suas instâncias. Somos contra a criminalização do movimento estudantil. Vivemos em opressão dentro da Ufes, sendo ameaçados por seguranças, recebendo a Polícia Federal altamente armada na porta de casa. Tudo isso para nos intimidar. Temos uma pauta política, e disso não vamos abrir mão".
A assessoria de impresa da Ufes informou que toda manifestação pacífica é aceita. O problema foi que, em outubro, houve violência por parte de um grupo de alunos que depredou o patrimônio público. Por isso, o reitor Rubens Rasseli teve de comunicar às autoridades responsáveis o ocorrido, sob pena de ser responsabilizado criminalmente por omissão.
A universidade abriu um procedimento administrativo para apurar a confusão de 25 de outubro. Os responsáveis poderão ressarcir o patrimônio depredado e, ainda, sofrer suspensão ou expulsão dos quadros da Universidade.
A assessoria da Polícia Federal informou que 16 alunos estão intimados para prestar depoimento sobre a confusão. Eles deverão começar a comparecer na sede da PF, em São Torquato, Vila Velha, a partir da próxima semana.
O delegado que está presidindo o inquérito é Eugênio Ricas, da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Delepat). Se, ao final do inquérito, for comprovada a materialidade do crime de depredação do patrimônio público, os suspeitos serão indiciados e vão responder ao processo na Justiça.
Um comentário:
Se lembrarmos a época da ditadura.Os estudantes Universitários em todo o mundo estiveram envolvidos em algum tipo de conflito: França,Brasil,Nícaragua,houve em alguns casos repressão excessiva.
Os reitores e donos e Faculdades chamam de Baderna é logico que se deve preservar o patrimônio público.Mas anos e anos de ditadura e censura.Represou um dique enorme.Que está arebentando e inundando tudo.
O conceito do homem-idèia está muito arraigado nos jovens.De Fiodòr Dostoievsky."Tudo Podemos somos super -homens."
É díficil mas não deveiam temer ora por enquanto são apenas idéias não concretizadas.
O Estado para eles e as instituições representa a truculência da força-policial.(Em sua concepção).
É muita informaçâo e eles passam por uma indigestão mental.
Mas passam os anos e acabam caindo em si."Nada como o tempo para passar".
Ricardo
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